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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

E dá-lhe poluição



Ignorando todas as críticas e, pior, ignorando o sol e o vento que estão sobre nossas cabeças, o governo insiste no retrocesso. Depois de quatro anos fora dos leilões de energia, as usinas movidas a carvão voltaram a ser ofertadas nesta quinta-feira, no leilão A-5. Para dar uma amostra da sujeira que isso significa, o Greenpeace derramou uma tonelada e meia de carvão na porta do Ministério de Minas e Energia, nesta quarta-feira.

O retorno do carvão só faz sentido para quem ganha com isso. Quatro anos atrás, o próprio governo havia decidido banir novas usinas movidas por essa fonte, justamente por seus altos níveis de poluição e emissões de gases estufa. Agora, com o argumento de que precisamos diversificar nossa matriz, voltamos atrás.

Papo furado. Como lembrou Renata Nitta, que coordena a campanha de Clima e Energia do Greenpeace, dá pra diversificar nossa matriz de um jeito muito mais inteligente e com uma visão que olha para o futuro.

“Se aproveitarmos entre 5% e 10% do nosso potencial solar, já seria suficiente para atender à atual demanda nacional de energia. A cogeração a partir do bagaço de cana geraria o equivalente a três usinas de Belo Monte. E a recente explosão da produção eólica no país tornou o preço da fonte muito competitivo. No último leilão, seu preço atingiu R$110 o MW. Agora, o carvão está saindo a R$ 140”, aponta ela.

Fonte: Greenpeace