Mais de 40
mil hectares de florestas foram
queimados em agosto em Portugal, devido
a uma onda de incêndios que continua sem controle e que nesta terça-feira
causou a morte de um bombeiro, o quarto nos últimos meses.
Do total da superfície
atingida pelo incêndio, metade foi consumida pelas chamas nos últimos sete
dias, segundo dados do Sistema de Informação de Incêndios Florestais
consultados pela Agência Efe.
A intensidade das chamas
nas últimas semanas mantém em alerta às autoridades. Além disso, a morte de um
bombeiro que ficou ferido no incêndio na serra de Caramulo, no qual também
morreu uma companheira, causou comoção no país.
O ministro do Meio Ambiente
e da Administração Territorial de Portugal, Jorge Moreira da Silva, lamentou
essa nova baixa e afirmou que este ano é "particularmente exigente"
para Portugal na luta contra o fogo, mas que não é o momento de se fazer um
balanço.
Moreira da Silva se limitou
a dizer que Portugal sofre "riscos adicionais" na Europa na luta
contra o fogo devido aos efeitos da mudança climática, por isso o país tem que
se mobilizar "cada vez mais".
Às 11h (de Brasília), sete
grandes focos de incêndio estavam ativos em todo o país, e cerca de mil
bombeiros e 200 veículos de emergência participavam dos trabalhos de extinção
do fogo.
As autoridades da defesa
civil e segurança mantêm o alerta de risco máximo em 30 municípios.
Os municípios afetados
pelas chamas e o próprio Corpo Nacional de Bombeiros denunciaram nas últimas
semanas erros na política de prevenção de incêndios.
A Polícia Judiciária
anunciou hoje a prisão de outro suspeito de provocar um incêndio, um jovem de
19 anos, alcoólatra e sem profissão conhecida, residente no distrito de Viseu,
o que elevou o numero de detidos nos meses de junho, julho e agosto para 43.
Fonte:
Revista Exame