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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ANA disponibiliza software que reduz pela metade o tempo da medição de sedimentos em rios



Conhecer melhor a carga de sedimentos que passam em rios e reservatórios tem várias aplicações para o dia a dia, pois a quantidade de sedimentos que é transportada em um rio interfere na construção de pontes, contribui no calculo da vida útil de um reservatório, é um fator determinante para a navegação e pode aumentar os custos para o tratamento de água. Sabendo disso, a Agência Nacional de Águas (ANA) disponibiliza para download em sua Biblioteca Virtual o software e o manual de utilização do Programa HidroSedimentos 2.0

Desenvolvida por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em parceria com a ANA, a ferramenta é voltada principalmente para técnicos que trabalham com a medição de rios. O software é capaz de ler os arquivos gerados por equipamentos de medição que utilizam o método acústico Doppler (ADCP) para a medição de vazão e, a partir dos dados coletados, processa os cálculos dos tempos de amostragem de sedimentos em suspensão (flutuando na água) de acordo com as metodologias do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) usadas pela Agência, o que antes era feito pelos hidrometristas com o uso de cálculos manuais.

Atualmente existem vários equipamentos para medição da descarga líquida com base na tecnologia Doppler, que apresentam como vantagens, em relação aos métodos tradicionais de medição de vazão com molinetes, a maior rapidez para execução da medição; redução de riscos de acidentes, principalmente em rios com níveis altos; a melhor determinação do perfil e da área da seção transversal (“corte” do rio de uma margem a outra), além da possibilidade da determinação de um número grande de verticais (linhas traçadas do fundo do rio até sua lâmina d’água).

Quando se necessita coletar amostras para determinação de sedimentos em suspensão, os equipamentos Doppler e seus softwares não permitem processar os dados para o cálculo dos tempos de coleta de amostras. Hoje, as equipes que operam a Rede Hidrometeorológica Nacional utilizam os procedimentos de coleta de sedimento conforme as normas da USGS.

Os dois métodos usados pela ANA nas amostragens de sedimentos em diversas verticais são por Igual Incremento de Largura (IIL) ou por Igual Incremento de Descarga (IID). Na estação hidrometeorológica de Marabá (PA), por exemplo, uma medição de sedimentos numa seção de 2.000 metros no rio Tocantins que levaria 3 horas, a partir de 15 verticais, passaria a levar apenas 1 hora com o uso do Programa HidroSedimentos 2.0, que só precisaria de cinco verticais.

Fonte: ANA