Os
fotógrafos mineiros Pedro David e Pedro
Motta têm em comum - além do nome, do estado de nascimento e da
profissão - o reconhecimento dos críticos como grandes promessas da fotografia nacional. Natural de
Santos Dumont, na Zona da Mata, David, de 35 anos, conquistou com a série Sufocamento o primeiro lugar na última
edição do FCW de Arte, prestigiado prêmio concedido pela paulista Fundação
Conrado Wessel. São dez fotos, que mostram pequenas árvores originárias do Cerrado mineiro aprisionadas em uma floresta de enormes eucaliptos. Os
flagrantes foram registrados durante uma viagem pelo interior do estado.
"Encontrei por acaso o resumo da angústia que eu sentia toda vez que
deparava com uma plantação de eucaliptos", lembra. Superando outros 400
trabalhos concorrentes, as impactantes imagens renderam a David um prêmio em
dinheiro de 114.000 reais.
Já seu xará, o belo-horizontino Motta, de 36 anos, que hoje mora em São João del Rei, foi o vencedor do BESphoto 2013 - um concurso anual disputado por profissionais de todos os países de língua portuguesa - e levou para casa 116.000 reais. Motta precisou de cinco meses para preparar a série Natureza das Coisas, que mescla imagens digitais de paisagens com desenhos a lápis feitos por ele. "A ideia é explorar a relação lúdica do observador com a paisagem retratada", explica o autor. Seu trabalho une imagens reais de árvores e raízes imaginárias. "Pedro David e o Pedro Motta têm excelente qualidade estética e uma linguagem bem contemporânea", afirma Sidney Saut, presidente da Confederação Brasileira de Fotografia. Talento é outra característica que os dois certamente possuem em comum.
AVERSÃO ÀS CÂMERAS DIGITAIS
A série Sufocamento , de Pedro David, já venceu quatro prêmios. Além do FCW de Arte, levou o ibero-americano Poy Latam, o Prêmio de Arte Contemporânea do Distrito Federal e o Itamaraty de Arte Contemporânea. O autor é avesso às câmeras digitais. "Identifico-me mais com o filme. É mais bonito do ponto de vista estético", diz. Com formação em jornalismo e pós-graduação em artes plásticas, David não se interessa pelo registro de cenas cotidianas. Sua meta é produzir arte. "Nem sempre consigo, mas tento." Atualmente, trabalha no projeto 360 graus. São fotografias do que vê à sua volta, dentro da própria casa, em Nova Lima.
VALE USAR ATÉ O CELULAR
Nas imagens da série Natureza das Coisas, Pedro Motta quis registrar sua percepção além do real, sugerindo informações adicionais. "Essa possibilidade de interferir na imagem e na construção do pensamento artístico me fascina", afirma. "Minha relação com a fotografia está mudando de registro, do documental para a criação." O cenário escolhido para o trabalho premiado foi a região de Campo dos Vertentes, uma área que Motta frequenta desde a infância. Ao contrário do colega Pedro David, ele tem uma boa relação com as inovações tecnológicas. Usa e abusa das imagens digitais. "Vale até câmera de telefone celular se o objetivo principal é captar a imagem", diz ele, que é filho de um professor de cinema.
Já seu xará, o belo-horizontino Motta, de 36 anos, que hoje mora em São João del Rei, foi o vencedor do BESphoto 2013 - um concurso anual disputado por profissionais de todos os países de língua portuguesa - e levou para casa 116.000 reais. Motta precisou de cinco meses para preparar a série Natureza das Coisas, que mescla imagens digitais de paisagens com desenhos a lápis feitos por ele. "A ideia é explorar a relação lúdica do observador com a paisagem retratada", explica o autor. Seu trabalho une imagens reais de árvores e raízes imaginárias. "Pedro David e o Pedro Motta têm excelente qualidade estética e uma linguagem bem contemporânea", afirma Sidney Saut, presidente da Confederação Brasileira de Fotografia. Talento é outra característica que os dois certamente possuem em comum.
AVERSÃO ÀS CÂMERAS DIGITAIS
A série Sufocamento , de Pedro David, já venceu quatro prêmios. Além do FCW de Arte, levou o ibero-americano Poy Latam, o Prêmio de Arte Contemporânea do Distrito Federal e o Itamaraty de Arte Contemporânea. O autor é avesso às câmeras digitais. "Identifico-me mais com o filme. É mais bonito do ponto de vista estético", diz. Com formação em jornalismo e pós-graduação em artes plásticas, David não se interessa pelo registro de cenas cotidianas. Sua meta é produzir arte. "Nem sempre consigo, mas tento." Atualmente, trabalha no projeto 360 graus. São fotografias do que vê à sua volta, dentro da própria casa, em Nova Lima.
VALE USAR ATÉ O CELULAR
Nas imagens da série Natureza das Coisas, Pedro Motta quis registrar sua percepção além do real, sugerindo informações adicionais. "Essa possibilidade de interferir na imagem e na construção do pensamento artístico me fascina", afirma. "Minha relação com a fotografia está mudando de registro, do documental para a criação." O cenário escolhido para o trabalho premiado foi a região de Campo dos Vertentes, uma área que Motta frequenta desde a infância. Ao contrário do colega Pedro David, ele tem uma boa relação com as inovações tecnológicas. Usa e abusa das imagens digitais. "Vale até câmera de telefone celular se o objetivo principal é captar a imagem", diz ele, que é filho de um professor de cinema.
Fonte:
Planeta Sustentável