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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Madeiras ilegais apreendidas podem ser destinadas a fins sociais



A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou ontem projeto de Mário Couto (PSDB-PA) prevendo que madeira apreendida pela fiscalização ambiental poderá ser doada a projetos sociais para construção de pontes, móveis escolares ou casas populares, entre outros. Pela norma em vigor, o destino são instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

Aprovado em decisão terminativa, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 172/2007 agora segue direto para a análise da Câmara, se não for apresentado recurso, em cinco dias, para votação no Plenário.

A proposta modifica a lei que trata das sanções penais e ­administrativas sobre atividades lesivas ao meio ambiente (Lei 9.605/1998). O texto inicial previa a destinação à construção de casas populares. Emenda de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ampliou a medida para que o poder público, por meio de definição de critérios, possa destinar o material a diversos fins sociais.

O projeto de Couto tramita em conjunto com o PLS 71/2009, de Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que restringe a doação da madeira ilegal ao município em que foi extraída ou apreendida, para ­utilização em projetos destinados à ­população carente.

No parecer, Eduardo Amorim (PSC-SE), cujo relatório foi lido por Valdir Raupp (PMDB-RO), explicou que optou pela proposta de Couto por ser mais ampla. Raupp ressaltou que as iniciativas de fiscalização na Amazônia Legal geralmente exigem rápida destinação para que o produto não sofra ­deterioração nos pátios dos órgãos públicos.

Flexa informou que as madeiras retiradas dos locais que serão alagados para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão amontoadas, apodrecendo, enquanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não decide sobre a destinação.

Fonte: Senado