Cerca de
50% das reservas de peixes nos grandes ecossistemas marítimos sofrem um
excesso de exploração, advertiu nesta quarta-feira a Comissão Oceanográfica
Intergovernamental da Unesco, que fala de "números alarmantes" em sua
avaliação mundial.
Nas águas
da Sibéria oriental, que estão em risco elevado, calcula-se que o potencial de
captura de peixe vai sofrer um retrocesso de 28%.
Outro dado de
destaque da Unesco em seu comunicado é que 60% dos recifes de coral do mundo
estão ameaçados por atividades locais e que 90% poderiam estar ameaçados em
2030 pelo efeito combinado dessas atividades e do aquecimento global.
Com relação
ao tema, a Unesco aponta que 64 dos 66 grandes ecossistemas marítimos que
existem no mundo experimentam esse aquecimento global, que é "ultra
rápido" no noroeste e no nordeste do Atlântico, assim como no oeste do
Pacífico.
Os
resultados de avaliação no oceano e nos grandes ecossistemas marítimos põem em
evidência "o risco de um agravamento desastroso dos impactos acumulativos
pelas situações locais e mundiais", assim como das consequências para o
desenvolvimento turístico pelo aquecimento global, alertou a Unesco.
Diante dessa
ameaça, os autores da avaliação identificaram que há "um potencial
importante" se houver "uma governança integrada em escala mundial e
regional para fazer frente a esses problemas e reforçar a capacidade dos países
para conservar e utilizar de forma duradoura" o meio marinho e seus
recursos.
"A
manutenção da saúde e da produtividade dos recursos desses sistemas aquáticos
além das fronteiras - concluiu - permitirá ajudar os países a alcançarem os
objetivos mundiais para a redução da pobreza e da fome, assim como para a
promoção do crescimento econômico sustentável".
Extraído de
Exame.com
Da EFE