O Exército
Brasileiro foi autuado e multado em R$ 40 mil pela morte da onça Juma, que foi
exposta durante evento de passagem da tocha olímpica no Centro de Instrução de
Guerra na Selva (CIGS), em Manaus. A sanção foi aplicada pelo Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que ficou responsável por apurar o
ocorrido. No dia 20 de junho, o felino, um macho de 18 anos, escapou da coleira
ao ser transportado para a jaula. Mesmo sob efeito de tranquilizantes, a onça
avançou em um soldado que atirou no animal.
A multa foi
aplicada a três órgãos do Exército. O Comando Militar da Amazônia deverá pagar
R$ 5 mil por contribuir para a utilização de espécime da fauna silvestre nativa
sem a autorização do órgão ambiental competente.
O CIGS
também foi autuado em R$ 5 mil por utilizar o animal sem a devida autorização.
O 1º Batalhão de Infantaria de Selva, que era responsável pela onça, deverá
pagar R$ 30 mil por transportar e manter em cativeiro o felino sem autorização
e por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna sem a licença do órgão
ambiental.
“O Ipaam
tenta cumprir sua função da forma mais eficiente possível. Evidentemente foi
uma fatalidade, mas evidentemente havia um animal sem registro, por isso as
demais providências foram tomadas. Nós cumprimos o nosso papel com relação à
guarda e proteção de animais. A Gerência de Fauna tem essa responsabilidade”,
declarou em nota, a diretora-presidente do instituto, Ana Aleixo.
O órgão
ambiental amazonense informou que os autuados terão 20 dias para apresentar a
defesa e, depois desse prazo, poderão recorrer ao instituto e ao Conselho
Estadual de Meio Ambiente.
O Comando Militar
da Amazônia e o CIGS foram procurados, mas até o fechamento desta reportagem
não foram encontrados
O
incidente
O relatório
técnico, divulgado hoje (07) pelo Ipaam, aponta que foram quatro tentativas de
sedar o animal em fuga, mas apenas um dardo atingiu Juma. “O que ocorreu
no incidente foi que um dos mosquetões, uma estrutura metálica que prendia a
coleira, se soltou por apresentar uma falha. Neste momento ela escapou dos
tratadores. Temos o laudo da necropsia que diz que foram dados os tiros na região
frontal. Não foi que o animal fugiu e atiraram por trás. Ele [a onça] estava
correndo na direção da pessoa que atirou”, esclareceu em nota o gerente de
Fauna do Instituto, Marcelo Garcia.
O documento
também será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF).
Extraído de
Portal Eco Debate
Fonte Agência
Brasil
Por Bianca
Paiva