Uma célula solar 3D, capaz de capturar mais fótons e gerar mais
energia, finalmente capturou a atenção do mercado.
Em uma
parceria com a NASA, 18 protótipos da célula solar 3D foram enviados esta
semana para uma bateria de testes na Estação Espacial Internacional.
"Se
elas puderem sobreviver no espaço, que é um dos ambientes mais inóspitos do
ponto de vista da amplitude de variabilidade térmica, radiação e vários outros
fatores, então nós podemos estar confiantes de que elas funcionarão bem aqui na
Terra," disse o professor Jud Ready, do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas da Geórgia, nos EUA, responsável pelo desenvolvimento da
tecnologia.
Para os
testes, as células solares 3D serão montadas na Plataforma Externa NanoRack,
onde ficarão expostas ao ambiente espacial durante um período de seis meses.
O
monitoramento da eficiência da célula solar no espaço é importante porque a
capacidade de geração de eletricidade fotovoltaica é fortemente influenciada
pela temperatura - daí o interesse na grande variação de temperaturas no
espaço.
Após os
testes, as células solares 3D serão retiradas e enviadas de volta à Terra, onde
a equipe do professor Ready analisará seu desgaste e calculará sua expectativa
de vida útil.
Células
CZTS 3D
A NASA está
interessada nessa nova categoria de células solares porque elas permitem
reduzir a área dos painéis solares ou aumentar a capacidade de geração de
energia mantendo as dimensões dos painéis das naves e satélites, o que é
interessante em qualquer missão espacial.
As células
solares 3D são fabricadas recobrindo uma floresta de nanotubos de carbono com
um material fotoabsorvedor, o que permite capturar a luz incidente de todos os
ângulos, eliminando também a necessidade de dispositivos mecânicos para ficar
direcionando os painéis para o Sol.
O
fotoabsorvedor usado pertence à classe CZTS - sigla dos elementos cobre, zinco,
estanho e enxofre -, que permite fabricar células solares mais baratas do que a
classe CIGS, que usa materiais mais raros e mais caros
(cobre, índio, gálio e selênio). Por isso a CZTS está sendo usada também em células solares flexíveis projetadas para envelopar edifícios.
Extraído de
Site Inovação Tecnológica